REZANDO COM O EVANGELHO DO DIA
(LECTIO DIVINA)
Terça-feira da 6ª Semana da Páscoa
1) Oração
Ó Deus, que o vosso povo
sempre exulte,
pela sua renovação espiritual.
Alegrando-nos hoje
porque adotados de novo como filhos de Deus,
esperemos confiantes e alegres o dia da ressurreição.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
pela sua renovação espiritual.
Alegrando-nos hoje
porque adotados de novo como filhos de Deus,
esperemos confiantes e alegres o dia da ressurreição.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (João 16, 5-11)
5Agora, eu vou para aquele que me enviou, e nenhum de vós me pergunta: ‘Para onde
vais?’ 6Mas, porque vos falei assim, os vossos corações se encheram de tristeza.
7No entanto, eu vos digo a verdade: é
bom para vós que eu vá. Se eu não for, o Defensor não virá a vós. Mas, se eu
for, eu o enviarei a vós. 8Quando ele vier, acusará o mundo em relação ao pecado, à justiça e ao
julgamento. 9Quanto ao pecado: eles não acreditaram em mim. 10Quanto à justiça: eu vou para o Pai,
de modo que não mais me vereis. 11E quanto ao julgamento: o chefe deste mundo já está condenado.
3) Reflexão
• João 16,5-7: Tristeza
dos discípulos. Jesus, a partir de comunicação artificial de sua separação,
provoca que a tristeza que os discípulos guardavam no coração aflore neles:
" Agora, eu vou para aquele que me enviou,
e nenhum de vós me pergunta: ‘Para onde vais?".
É evidente que separar-se do estilo de vida aprendido com Jesus implica para
os discípulos um sofrimento. Jesus insiste: "6Mas,
porque vos falei assim, os vossos corações se encheram de tristeza" (v.6). Santo Agostinho explica assim este sentimento de abandono
que invadia os discípulos: "Dava-lhes medo o pensamento de perder a presença
visível de Jesus ... Seu afeto humano se entristecia ao pensar que seus olhos não
iriam mais experimentar o consolo de vê-lo" (Comentário ao Evangelho de João,
XCIV, 4). Jesus tenta dissipar essa tristeza, causada pela diminuição da sua
presença, ao revelar o propósito de sua partida. Isto é, se ele não partir, o
Paráclito não virá a eles, mas se ele morrer para voltar para o Pai, poderá
enviá-lo para os discípulos. A partida e a separação são condição para a vinda
do Paráclito: "Se eu não for, o Defensor não virá a vós..." (v. 7).
• João 16,8-11: Missão do Paráclito. Jesus continua a descrever a missão do Paráclito.
O termo "Paráclito" significa "advogado", ou seja,
assistente de apoio. Aqui, o Paráclito é indicado como o acusador em um
processo que se realiza diante de Deus, no qual o acusado é o mundo, culpável
por condenar Jesus: " acusará o mundo em relação ao pecado, à
justiça e ao julgamento " (v. 8). O verbo grego significa elègkein que investigará, interrogará, colocará à prova: trará à tona a realidade, oferecerá
a prova da culpa.
O objeto da demonstração é o pecado: ele oferecerá ao
mundo a prova do pecado que cometeu em relação a Jesus e o manifestará. De que
pecado se trata? O da incredulidade (Jo 5,44 ss; 6,36; 8,21.24.26; 10,31 ss).
Além disso, o ter pensado o mundo que Jesus é um pecador (Jo 9,24; 18,30) resulta
ser uma culpa imperdoável (Jo 15,21 ss).
Em segundo lugar, "demonstrará" a culpa do
mundo "sobre a justiça." Em termos jurídicos, a noção de justiça que mais
concorda com o texto é o que traz uma declaração de culpa ou inocência no
julgamento. Em nosso contexto, é a única vez no Evangelho de João que aparece o
termo "justiça", em outros lugares aparece o de "justo". Em
Jo 16,8 a justiça está ligada ao que Jesus disse de si mesmo, isto é, o motivo pelo
qual vai para o Pai. Com esta exposição explica a sua glorificação: Jesus vai
para o Pai, está prestes a ser eclipsado, e, portanto, os discípulos não poderão
vê-lo, está prestes a se entregar e mergulhar totalmente na vontade do Pai. A
glorificação de Jesus confirma sua filiação divina e a aprovação pelo Pai da
missão realizada por Jesus. Portanto, o Espírito demonstrará diretamente a
justiça de Cristo (Jo 14,26; 15,26) ao proteger os discípulos e a comunidade eclesial.
O mundo, pensava ter julgado
Jesus condenando-o, agora é condenado pelo "príncipe deste mundo",
porque ele é responsável por sua crucificação (13,2.27). Jesus morrendo na
cruz, ressuscitou (12,31) e derrotou Satanás. Agora, o Espírito testemunhará a
todos o sentido da morte de Jesus, que coincide com a queda de Satanás (Jo 12,32,
14,30, 16,33).
4) Para confronto pessoal
1) Temos o mesmo medo e preocupação de perder Jesus como tinham os discípulos?
2) Você se deixa conduzir pelo
Espírito Paráclito que leva você a identificar o erro do mundo, o ajuda a
aderir a Jesus e leva-o a conhecer a verdade sobre si mesmo?
5) Oração final
Eu te dou graças, SENHOR, de todo coração:
pois ouviste as palavras da minha boca.
Vou cantar para ti diante dos anjos,
e prostrar-me diante do teu santo templo.
Celebro teu nome pela tua bondade e pela
tua fidelidade:
pois tua promessa
supera toda fama. (Sl 137, 1-2).
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